A BRUXA

“Estou cercado de olhos

De mãos, afetos, procuras.

Mas se tento me comunicar

O que há é apenas a noite

E uma espantosa solidão”

Carlos Drumond

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Um dia de sol



Quando acordar, quero ver o sol  brilhar lá fora,
escutar os passarinhos cantando e ver o mar,
calmo e sereno,
quando este dia chegar,
quero abrir meu coração e gritar,
poder amar e cantar.

Ver o por do sol lá longe, a onde ninguém pode alcançar,
e a noite chegar.

Não ver mais o mundo brigar,
vendo as pessoas se amar.

E com eles, novos ideais, e um novo pensamento,
um pensamento colorido e cheio de vida,
de alegria e responsabilidade.

De criar um mundo melhor,
num dia de sol.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tudo está diferente



O seu jeito pequeno,
seu sorriso bonito, o carinho no ato de tocar,
o amadurecimento no jeito de falar.

Quando penso em você,
meus olhos se enchem de lágrimas,
uma brisa toca meu rosto,
porque não posso explicar você?

Que me completa,
que me faz sentir segura,
que me diz coisas certas,
que me escuta,
e que está mudando,
trocando a casca,
do vinho para a água,
do doce para o amargo,
transformando as coisas
que acontecem,
e que não são iguais.

O que passou não volta mais,
e um retrato pintado de preto e branco,
no quadro está,
num parede fria,
em algum lugar do teu coração.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Momento



Quando olho para o céu vermelho,
Gotas de sangue rolam pelo rosto,
Olhando para o corpo marcado.

Tudo está esquecido,
O passado parece morrer,
Nos seus olhos de fogo.

Quando os pensamentos se encontram,
Batendo forte ao mesmo tempo,
As vezes há dúvida,
Mas o que conta é o momento,
Momento que não vai repetir,
Os olhos se olhando,
Sua boca me buscando,
Naquele instante,
Que fica intensamente,
No meu consciente.

Vagar




Tudo é inspiração,
Mas em nada me baseio.
Flores florecem nos campos,
Um sol a iradiar o dia,
E um pequeno vulto preto vageia,
Longe, num horizonte perdido,
Na linha do infinito,
Uma alma perdida,
Tenta uma palavra,
Só saem ruídos obscuros,
Monstros se transformam,
Abismos surgem,
E aquela alma continua a vagar.



Esse deveria ser o início


Esta deveria ser a minha primeira postagem, uma pequena apresentação; mais a vontade de jogar no papel o que latejava na mente, se sobrepôs ao natural.
Desde a muito tempo, tenho guardadas estes pensamentos. Muitos deles já em folhas de papel muito gastas e amareladas.
Em determinados momentos da vida nos indagamos qual é o nosso papel neste planeta, sem termos a certeza se vamos chegar a alguma resposta conclusiva e satisfatória.
Me encontro em um desses momentos, de dúvidas, indagações, questionamentos.
Não tenho a pretensão de ser ouvida ou até mesmo entendida, somente gostaria de deixar aqui alguns desses sentimentos.
Talvez eles possam completar alguém, servir de base para que num futuro, fique aqui registrado um pequeno pedaço de mim.
NEMASTE.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Em algum lugar



Um certo olhar
A me guiar
Uma magia no ar
Várias horas ao luar
Minutos incontáveis a passar
Vários momentos a lembrar
Um amor? convivência? amizade?
Tudo isso ficou a vagar
Por algum lugar...
Onde tudo corre tranqüilo,
A vida não tem pressa para passar,
Os ponteiros parados estão,
E a compreensão dos homens parece não entender,
Que existe esse lugar.
E os nossos dois corações,
Se perderam no labirinto,
E não vão poder jamais voltar a se encontrar:
Nesse lugar.